domingo, 22 de julho de 2007

O Filme da Semana (29/2007)

Vénus 2006
M127/10
http://us.imdb.com/title/tt0489327/
http://video.movies.go.com/venus/
Filme a não perder, que peca apenas por toda a história perder dimensão, face à SOBERBA e PORTENTOSA actuação de Peter O’Toole!
O’Toole será sempre um dos dez maiores actores da história do cinema, juntamente com nomes como Al Pacino ou De Niro.
Não percam este filme e chegam facilmente à conclusão que mais uma vez a entrega dos Óscares foi injusta; pois apesar do grande trabalho de Forest Whitaker em The Last King of Scotland, o Óscar de Melhor Actor deveria ter ido para o também nomeado, e pela 8ª vez, O´Toole.
Nem de propósito; ainda à pouco tinha visto um soberbo trabalho de O’Toole em Calígula de 1979 e agora voltei a esbarrar com o imenso talento deste actor!
Maurice e Ian são velhos amigos, actores ingleses veteranos que nunca atingiram o estrelato. Agora nos seus “anos dourados”, continuam a trabalhar em pequenos papeis. Maurice, por exemplo, representa um doente moribundo numa série televisiva, onde nem sequer fala.O confortável ritual e as conversas divertidas à mesa do pequeno-almoço no café favorito dos dois amigos são perturbados pela chegada da província da sobrinha-neta de Ian, Jessie. Rapidamente, Jessie põe à prova a paciência do tio-avô, mas Maurice fica fascinado pela rapariga, mostrando-lhe os monumentos e a vida cultural de Londres; mas sempre com a rapariga debaixo de olho e sendo mesmo um velho porcalhão; a sorte é que como está impotente para o resto da vida não avança muito mais do que se esfregar nas carnes tenras da rapariga ou cheirar gulosamente o seu pescoço.À medida que Maurice vai tentando que Jessie aprenda alguma coisa com a sua experiência, fica no entanto surpreendido ao descobrir que afinal conhece tão pouco de si próprio, agora que a sua vida caminha para o fim.
A rapariga também não se entrega de mão beijada, pois apesar da classe de Maurice a entusiasmar, a verdade é que o velhote não tem dinheiro para mandar cantar um cego, e para dar um pequeno presente à miúda, tem que andar a contar os tostões todos.
Classifiquei o filme como Maiores de 12, porque afinal acaba por não ter nenhuma cena chocante, pois o máximo que se vê é um bom par de seios; apesar de no discurso ser bem mais pesado e de ter ainda uma cena em que ela dá a entender que molha o dedinho na vagina e depois o dá a provar ao esfomeado Ansião.
No entanto devo dizer que O'Toole tem tanta classe, que até a dizer frases como "I want to see your CUNT" não consegue ser malcriado...
Peter O’Toole:
http://us.imdb.com/name/nm0000564/
http://en.wikipedia.org/wiki/Peter_O%27Toole
http://www.tmaw.co.uk/peterot.html
http://adorocinema.cidadeinternet.com.br/personalidades/atores/peter-otoole/corpo.asp

5 comentários:

Anónimo disse...

Vênus, filme dirigido por Roger Michell, merece destaque. O longa narra uma história tortuosa e delicada sobre a chegada da terceira idade, e traz no elenco o ator irlandês Peter O'Toole (foto), que carrega na bagagem cinco décadas de experiência. Durante esse período, o reconhecimento que recebeu por suas performances na tela grande incluem sete indicações para o Oscar como melhor ator e um Oscar Honorário em 2003, duas indicações para o BAFTA por melhor ator (ele ganhou uma delas por Lawrence da Arábia, de 1962), entre outros prêmios.
De volta à telona, Peter O'Toole vive Maurice, um ator inglês. No longa, Leslie Phillips interpreta Ian, também ator e grande amigo de Maurice. Os dois profissionais nunca tiveram grande chance e agora, apesar da idade avançada, continuam a trabalhar. Maurice, por exemplo, continua trabalhando como ator fazendo pequenas participações em filmes e vive um paciente moribundo em uma série de TV. Tudo caminha na vida de ambos caminha tranquilamente, até a chegada de Jessie (Jodie Whittaker), a sobrinha-neta de Ian. A garota chega do interior para morar com ele e logo muda a rotina do avô. A paciência dele acaba rapidamente, enquanto o amigo Maurice simpatiza com a visitante. Jassie não faz o menor esforço para agradar o avô. Já Maurice a leva para conhecer os atrativos culturais de Londres. Com a aproximação ele acaba se apaixonando por Jessie e descobrindo como conhece pouco a si mesmo, agora que sua vida está chegando perto do ato final.

A última obra do diretor Roger Michell, Vênus, tem roteiro original escrito por Hanif Kureishi e foi filmado durante o inverno de 2005 a 2006, por oito semanas aos redores de Londres e nos Estúdios Ealing. Além de Peter O’Toole - indicado ao Oscar 2007 como Melhor Ator - o elenco traz ainda o veterano inglês Leslie Phillips, o recente ganhador do prêmio Tony Richard Griffiths, e a ganhadora do Oscar Vanessa Redgrave. O filme também marca a estréia no cinema da novata Jodie Whittaker. Vênus (Venus, Inglaterra, 2006, 95 minutos).

Anónimo disse...

Maurice (Peter O'Toole) e Ian (Leslie Phillips) são velhos amigos e veteranos atores ingleses. Maurice, apesar da idade avançada, continua trabalhando como ator, em pequenas participações em filmes e séries de TV. A vida de ambos muda quando Jessie (Jodie Whittaker), a sobrinha-neta de Ian, chega para morar com ele. Ian logo perde a paciência com Jessie, que também não faz o menor esforço para agradá-lo. Maurice logo se simpatiza com ela e passa a levá-la para conhecer pontos culturais de Londres. Aos poucos ele se apaixona por Jessie, mas precisa lidar com sua condição física de recém-operado da próstata e o gênio irascível dela, que muitas vezes também o maltrata.
O'Toole acabou sendo indicado ao Oscar de melhor ator (a oitava indicação de sua carreira) e representa a maior ameaça no caminho do favorito Forest Whitaker, protagonista de "O Último Rei da Escócia", que levou o Globo de Ouro na categoria este ano.

Anónimo disse...

O'Toole interpreta Maurice, um ator sem muitas expectativas na vida que, entre uma discussão e outra com amigos, também idosos, faz alguns papéis no cinema e na televisão.
Essa tranqüilidade que divide com os colegas Ian (Leslie Phillips) e Dona (Richard Griffiths) é ameaçada com a chegada da adolescente Jessie (Jodie Whittaker), filha da sobrinha do primeiro.
Típico fruto do século 21, a garota é a soma de uma intensa mistura cultural e um poço de insegurança. A menina é uma tortura para o tio e acaba ficando aos cuidados do personagem de O'Toole.
A interação entre as duas gerações, com uma enorme lacuna entre si, é o que guia o roteiro, do escritor inglês Hanif Kureishi (autor do roteiro de "Minha Adorável Lavanderia", de Stephen Frears, e do romance "Intimidade", entre outros).
O primeiro passo de Jessie em direção à auto-afirmação é posar de modelo numa escola para artistas. Porém, a inibição da garota impede que ela tire o roupão. Maurice a leva a uma galeria e a apresenta a um quadro de nu, chamado "Vênus". A relação entre os dois começa a se estreitar. São dois tipos em busca de segurança e atenção que já não têm mais.
Os caminhos, no entanto, são tortuosos. Tanto Jessie quanto Maurice têm seus interesses específicos que condizem com suas idades. Nesse sentido, Kureishi e o diretor Roger Michell (da comédia "Um Lugar Chamado Notting Hill") acertam quando não transformam os personagens em meros emblemas de suas gerações.

Anónimo disse...

"Vênus" de Roger Mitchell tem entre os nomes no seu elenco o maior mérito: Peter O'Toole.Trazer como protagonista um homem no alto de sua maturidade é uma decisão corajosa que vai de encontro com a tendência que o Cinema sempre teve em apresentar nos papéis principais jovens e belos.
O romance entre o veterano ator Maurice(O'Toole) e a perdida ninfeta Jessie(a estreante Jodie Whittaker) segue por cerca de 1 hora e meia de exibição questionando as barreiras da idade, a valorização feminina, conflitos de geração e o amor genuíno.
A maior beleza e excelência do roteiro de "Vênus" encontra-se em seus exatos 60 minutos,quando vemos Peter O'Toole e Jodie Whittaker construírem uma relação verdadeira com base nas características predominantes de seus personagens.Maurice é extremamente cuidadoso com a exteriorização de seus sentimentos para não afugentar Jessie.Jessie no início demonstra-se arredia e incomodada,confusa por gostar da companhia de Maurice.O'Toole entrega leveza e densidade em momentos precisos do filme,fazendo de Maurice uma figura simpática(constato que Forest Whitaker ter vencido O'Toole foi uma das falhas do Oscar deste ano,a histeria de Whitaker em "O Último rei da Escócia" me parece risível perto do trabalho de O'Toole em "Vênus").Jodie Whittaker também está inspirada e não se deixa intimidar pela experi~encia de seus colegas, que ainda incluem Vanessa Redgrave e Leslie Phillips.
Todo o encanto,singularidade e leveza de "Vênus"(grande trunfo da produção) se perde à partir do momento em que os interesses de Jessie são desviados e o relacionamento é dissolvido pelo aparecimento de uma terceira figura masculina.Não digo que o melhor caminho a ser adotado pelo roteiro seria um "happy end" de Maurice e Jessie.Mas, alterar a visão que o público tinha da jovem desde o início me pareceu desastrosa para o envolvimento do público com os personagens.Maurice acaba perdendo o encanto por sua Vênus e nós também.

Anónimo disse...

O'Toole interpreta Maurice, um ator sem muitas expectativas na vida que, entre uma discussão e outra com amigos, também idosos, faz alguns papéis no cinema e na televisão.
Essa tranqüilidade que divide com os colegas Ian (Leslie Phillips) e Dona (Richard Griffiths) é ameaçada com a chegada da adolescente Jessie (Jodie Whittaker), filha da sobrinha do primeiro.
Típico fruto do século 21, a garota é a soma de uma intensa mistura cultural e um poço de insegurança. A menina é uma tortura para o tio e acaba ficando aos cuidados do personagem de O'Toole.
A interação entre as duas gerações, com uma enorme lacuna entre si, é o que guia o roteiro, do escritor inglês Hanif Kureishi (autor do roteiro de "Minha Adorável Lavanderia", de Stephen Frears, e do romance "Intimidade", entre outros).
O primeiro passo de Jessie em direção à auto-afirmação é posar de modelo numa escola para artistas. Porém, a inibição da garota impede que ela tire o roupão. Maurice a leva a uma galeria e a apresenta a um quadro de nu, chamado "Vênus". A relação entre os dois começa a se estreitar. São dois tipos em busca de segurança e atenção que já não têm mais.
Os caminhos, no entanto, são tortuosos. Tanto Jessie quanto Maurice têm seus interesses específicos que condizem com suas idades. Nesse sentido, Kureishi e o diretor Roger Michell (da comédia "Um Lugar Chamado Notting Hill") acertam quando não transformam os personagens em meros emblemas de suas gerações.